A Prefeitura de Santana executou nesta quarta-feira, 01, a demolição do antigo prédio, localizado na área portuária, para dar início a construção da unidade comercial, denominada Orla Center, que tem como responsável pela obra, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
O prefeito Bala Rocha destaca que, essa é a primeira etapa do conjunto de obras que compõem o projeto de reurbanização do setor comercial e portuário de Santana. “Serão cinco etapas de licitação, essa é a primeira, com isso, o início do projeto é considerado uma data marcante para as famílias e comerciantes. A área portuária será considerada o lugar bonito dos santanenses”, diz o prefeito.
Primeira etapa
O local demolido, da antiga Prefeitura, nesta primeira etapa, contará com uma área construída de pavimento térreo medindo 1.692,57m2, com 2 elevadores para pessoas com necessidades especiais (PNE), 50 boxes no térreo de 12,5m2 cada, 4 banheiros, 50 boxes no pavimento superior de 12,5m2 cada.
O Projeto Orla
O projeto contratado visa, ainda, reurbanizar cerca de 41.000 m² do setor comercial e portuário do município, além de revitalizar 200 m da orla, entre o Terminal Pesqueiro e o Porto do Grego.
O recurso destinado pelo senador da República, Davi Alcolumbre, é de R$ 3 milhões, destinados à elaboração do plano arquitetônico das orlas de Macapá e Santana. Deste total, R$ 1,5 milhão será destinado ao planejamento da arquitetura da orla santanense.
Imagem: acervo PMS.
A área que abrange o setor comercial e portuário, atualmente ocupado de forma desordenada, oferecerá um centro comercial e uma edificação para secos e molhados.
Para o secretário Municipal de Obras Públicas (Semop), Anderson Almeida, o espaço será um incentivo ao desenvolvimento local e à economia santanense. “Santana está se transformando em uma nova realidade. É mais uma importante obra da gestão Bala Rocha que vai trazer mais dignidade aos comerciantes, além de alavancar a economia local mais ainda. É uma obra que entra para a história”, enfatizou Anderson.
Conforme informações levantadas de arquivos do santanense Emanoel Jordânio
O prédio demolido, havia sido erguido em 1955, ainda na gestão do governador capitão Janary Nunes, sendo o último dos três galpões que serviriam inicialmente para abrigar materiais e mantimentos adquiridos pelo governo territorial (como grãos, sementes, farinha), na qual eram semanalmente enviados para comunidades rurais e até municípios próximos, como Mazagão.
Denominado de Galpão nº 03, foi parcialmente cedido no mesmo ano para a empresa de mineração ICOMI, que estava se implantando na região, com o intuito de explorar e exportar minério de manganês da região de Serra do Navio.
A mineradora utilizou parte do espaço para armazenar equipamentos de uso diário de seus técnicos, como guinchos marítimos, compressores e bombas. Em 1962, foi cedido em termo de comodato para o Grupo Caemi, que na época auxiliava no estudo de implantação de uma futura fábrica de compensados na região, sendo devolvido para o Governo do Amapá em 1969.
Em 1975, o governador Capitão Arthur Henning liberou o espaço para a empresa Platon Engenharia, com o objetivo de dar apoio nos primeiros trabalhos de construção do futuro Porto Comercial de Macapá, onde depois seria entregue à Portobrás.
Com a emancipação municipal de Santana em 1987, o espaço foi cedido pelo então governador amapaense Jorge Nova da Costa para o primeiro prefeito após-município, Rosemiro Rocha, devido à nova gestão ainda não possuir um local adequado para despachos de suas ações.
No período de fevereiro de 1989 a julho de 2005, o prédio chegou a abrigar quase 20 setores administrativos, técnicos e financeiros, todos ligados ao poder municipal, desativado oficialmente em setembro daquele ano (2005) após a construção da nova sede da Prefeitura de Santana, hoje localizada no bairro Paraíso, área norte da cidade.
Anselmo Wanzeller
Assessor de Comunicação/Semop
Última modificação: 2 de março de 2023
